sábado, 12 de outubro de 2013

A TV brasileira sem programação infantil

Com o passar dos anos a televisão aberta no Brasil foi abolindo aos poucos os programas infantis alegando “falta de audiência”, hoje podemos contar nos dedos (de uma mão) os que ainda são destinados a esse público.
De fato há de se pensar que a “Geração  Z” possui centenas de recursos que diminuíram a importância e atratividade da TV como a internet e suas milhares de possibilidades. Jogos eletrônicos e até os poderosos Smartfones também passaram a ter cada vez mais aceitação entre o público infantil aumentando a lista dos possíveis causadores da aversão infantil à TV.
É fato que os programas para crianças, que já geraram muito lucro, hoje rendem menos, muito menos!
Além do citado acima, ainda podemos elucidar a concorrência com a TV paga, e o fato de que a TV aberta não pode fazer propaganda para crianças como fazia há alguns anos.
Em programas infantis, havia anúncios que diziam "Compre!"; "Peça para a Mamãe!" etc. A propaganda agora não pode mais ser tão direta. Com isso, as TVs abertas estão perdendo o interesse em programas infantis --e só quem pode pagar a assinatura da televisão tem muitas opções.

GLOBO X GLOOB
A Globo diz que a redução de desenhos na TV aberta acontece em diversos países. "Fazemos uma programação voltada para a família, para todos os públicos, de todas as idades, culturas e classes sociais", diz por meio de sua central de comunicação.
A emissora lançou o Gloob, só para crianças, na TV paga, e o canal está faturando com publicidade, merchandising e parcerias de cunho financeiro e institucional. (Mas nem todo mundo pode ter  TV paga, a esmagadora maioria da população não tem).
Já o SBT afirma que ainda mantém desenhos na programação justamente porque a Globo passou a ignorá-los. "O SBT se tornou a emissora com mais desenhos porque nossa concorrente [Globo] deixou esse tipo de conteúdo de lado", afirmou o diretor de planejamento, Murilo Fraga, por meio da assessoria da emissora à Folha de SP.

Na minha opinião isso é realmente TRÁGICO, não só pelas crianças em si, mas pelo que isso representa e representará no futuro.

>>PENSEMOS<<
Atualmente as crianças adquiriram certo repúdio à televisão, de fato elas não se sentem representadas e não se interessam pela programação, daqui uns 10, 15 anos, teremos uma geração que não cresceu assistindo TV, que *caga e anda* pra tudo que é produzido televisivamente. Obvio que de um ponto de vista, poderemos ter jovens menos manipulados pela telinha, mas em termos de Marketing, a Televisão está dando um tiro no próprio pé, não fidelizando um público que em suma não tem ainda opinião formada, está começando a descobrir o mundo, e pode com certeza vir a consumir televisão ativamente, dividindo assim o espaço com a internet, jogos eletrônicos etc.
A televisão não vai acabar por causa da WEB, assim como o rádio não baniu o jornal impresso e a TV não deu fim ao rádio, mas deveria ser preocupante para os profissionais televisivos pensar que as novas gerações tendem a consumir cada vez menos TV. Eu realmente não sei onde isso vai chegar, mas é um caminho ardiloso que pode vir a ter um trágico final.
Espero que as coisas mudem, acho que foi um total exagero do CONAR vetar a comunicação direta com as crianças, uma vez que elas não possuem diretamente o poder de compra. Uma medida para atenuar a comunicação já poderia trazer resultados satisfatórios, mas como sempre acontece, eles tomam medidas drásticas que resultaram de forma avessa ao que se propõem.
Espero que tenham gostado do texto, e podem opinar nos comentários com vossas opiniões afim de enriquecer o texto e compartilharmos ideias!


E VIVA A CRIANÇADA!!! Seja na TV aberta ou não! rs