Com o passar dos anos a televisão aberta no Brasil foi abolindo aos poucos os programas infantis alegando “falta de audiência”, hoje podemos contar nos dedos (de uma mão) os que ainda são destinados a esse público.
De fato há de se pensar que a “Geração Z” possui centenas de recursos que diminuíram
a importância e atratividade da TV como a internet e suas milhares de
possibilidades. Jogos eletrônicos e até os poderosos Smartfones também passaram
a ter cada vez mais aceitação entre o público infantil aumentando a lista dos
possíveis causadores da aversão infantil à TV.
É fato que os programas para crianças, que já geraram muito
lucro, hoje rendem menos, muito menos!
Além do citado acima, ainda podemos elucidar a concorrência
com a TV paga, e o fato de que a TV aberta não pode fazer propaganda para
crianças como fazia há alguns anos.
Em programas infantis, havia anúncios que diziam
"Compre!"; "Peça para a Mamãe!" etc. A propaganda agora não
pode mais ser tão direta. Com isso, as TVs abertas estão perdendo o interesse
em programas infantis --e só quem pode pagar a assinatura da televisão tem
muitas opções.
GLOBO X GLOOB
A Globo diz que a redução de desenhos na TV aberta acontece
em diversos países. "Fazemos uma programação voltada para a família, para
todos os públicos, de todas as idades, culturas e classes sociais", diz
por meio de sua central de comunicação.
A emissora lançou o Gloob, só para crianças, na TV paga, e o
canal está faturando com publicidade, merchandising e parcerias de cunho financeiro e institucional. (Mas nem todo mundo pode ter TV paga, a esmagadora maioria da população não tem).
Já o SBT afirma que ainda mantém desenhos na programação
justamente porque a Globo passou a ignorá-los. "O SBT se tornou a emissora
com mais desenhos porque nossa concorrente [Globo] deixou esse tipo de conteúdo
de lado", afirmou o diretor de planejamento, Murilo Fraga, por meio da
assessoria da emissora à Folha de SP.
Na minha opinião isso é realmente TRÁGICO, não só pelas
crianças em si, mas pelo que isso representa e representará no futuro.
>>PENSEMOS<<
Atualmente as crianças adquiriram certo repúdio à televisão,
de fato elas não se sentem representadas e não se interessam pela programação,
daqui uns 10, 15 anos, teremos uma geração que não cresceu assistindo TV, que
*caga e anda* pra tudo que é produzido televisivamente. Obvio que de um ponto
de vista, poderemos ter jovens menos manipulados pela telinha, mas em termos de
Marketing, a Televisão está dando um tiro no próprio pé, não fidelizando um
público que em suma não tem ainda opinião formada, está começando a descobrir o
mundo, e pode com certeza vir a consumir televisão ativamente, dividindo assim
o espaço com a internet, jogos eletrônicos etc.
A televisão não vai acabar por causa da WEB, assim como o
rádio não baniu o jornal impresso e a TV não deu fim ao rádio, mas deveria ser
preocupante para os profissionais televisivos pensar que as novas gerações tendem
a consumir cada vez menos TV. Eu realmente não sei onde isso vai chegar, mas é
um caminho ardiloso que pode vir a ter um trágico final.
Espero que as coisas mudem, acho que foi um total exagero do
CONAR vetar a comunicação direta com as crianças, uma vez que elas não possuem
diretamente o poder de compra. Uma medida para atenuar a comunicação já poderia trazer
resultados satisfatórios, mas como sempre acontece, eles tomam medidas
drásticas que resultaram de forma avessa ao que se propõem.
Espero que tenham gostado do texto, e podem opinar nos
comentários com vossas opiniões afim de enriquecer o texto e compartilharmos
ideias!
E VIVA A CRIANÇADA!!! Seja na TV aberta ou não! rs