Criativos precisam expressar o que vêem, descobrem e percebem, os criativos quebram paradígmas e constroem pontes infinitas - Carlos Rodrigo.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
A violência no Rio de Janeiro
A violência que assola a sociedade carioca atualmente é um problema muito maior do que pensam a maioria dos cidadãos, e que não pode ser resolvido ou suprimido simplesmente com medidas paleatórias como por exemplo o uso de policiais que sobem os morros quando há algum acontecimento, atiram em tudo que se mexe, vão meio no desespero e que obviamente acarretam problemas aos moradores da comunidade, a quem mora ao redor e até para eles próprios, ou com UPP’s que em algumas ocasiões tratam os moradores igual ou até pior do que tratavam os bandidos. O projeto das UPP’s inclusive é novo, diria eu que de certo modo até bem arrojado e de boa funcionalidade, porém, mesmo com o pouco tempo de utilização já conta com centenas de reclamações de moradores das localidades referente ao tratamento dos policiais e principalmente com toque de recolher (isso mesmo, podem ficar perplexos, mas em algumas comunidades já com UPP, os policiais tem imposto horários para que as pessoas possam circular, algo ímpio e que viola inegavelmente nossa constituição em vários artigos, principalmente ao direito de ir e vir), tal medida fora adotada pela polícia que se denomina pacificadora. *Aff!
Fruto de muitas pesquisas e documentários por todo o mundo, a sociedade carioca apresenta edemas e problemas muito sérios relativos a sua estrutura, e o modo como foi projetada e povoada.
Como o tema dessa postagem não é exatamente o modo como o Rio de Janeiro foi estruturado e nem tanto ao tráfico de drogas já impregnado na cidade, não entrarei em mais detalhes, mas é importante comentar que esse fato está inexoravelmente relacionado à violência nos tempos atuais, pois as brigas que acontecem entre os jovens na Capital Fluminense não são apenas um problema de nervos ou de jovens que saem a noite e querem brigar (jovens esses na maioria das vezes totalmente boçais, idiotas e rebeldes sem causa e sem nada na cabeça), mas fruto de um pseudo universo criado por uma atmosfera propensa pesada e inconstante, pois quem vive no Rio sabe... A cidade maravilhosa as vezes lembra uma bomba relógio pronta pra explodir.
A violência é um problema social. A desigualdade de renda, o abismo cultural, econômico e principalmente educacional que existe na cidade geram muitas vezes questionamentos, que podem
gerar traumas e cânceres que se introduzem na sociedade e dificilmente são superados.
O Rio é uma cidade de muitos contrastes, e há um abismo social aqui, assim como há em todo o Brasil, porém no Rio de janeiro as comunidades carentes ficam próximas (BEM PRÓXIMAS) às áreas onde moram as pessoas mais abastadas, onde costumeiramente chamamos de áreas nobres.
A verdade é a seguinte: os Playboys moram em sua maioria na Zona Sul, vivem subindo o morro, ou com seus “amiguinhos” que sobem pra eles para que esses FDP’s possam comprar suas droguinhas e curtir o barato que cedo ou tarde acaba acarretando mal a eles próprios, e assim, vira e mexe nós vemos na TV ou nos jornais algum playboy morto por um traficante, ou por bala perdida, e seus amiguinhos desgraçados chorando e dizendo isso e aquilo da polícia e dos governantes, sendo que ELES próprios é quem patrocinam toda essa putaria social e o tráfico em si! Sinceramente, quando morre um playboy assim eu sinto pena é da família que muitas das vezes não tem nada a ver, mas com o playboy usuário, e seus amiguinhos que também usam e vêm pra mídia se fingir de vítimas eu quero mais é que todos se FOD* e vão pra PQP!
Mas novamente meu foco não é falar sobre o tráfico e sim da violência carioca, e essa violência é muito mais social do que provida pelo tráfico. O fato é que as pessoas questionam muitas coisas...
Vejo hoje em dia uma banalização da vida, da educação, da forma como as pessoas se tratam, e ISSO SIM cria a atmosfera a qual eu me referi anteriormente, e essa atmosfera gera a violência, uma violência em que não fica e nem começa no morro, e que se reflete nas favelas, mas que permeia todos os cantos da cidade.
Apesar de não ser a maior cidade e nem ser mais a capital, o Rio ainda é o espelho do país no exterior, e a cidade mais importante de toda América latina para os gringos, e tudo que acontece por aqui é divulgado SEMPRE lá fora, e tenho certeza que se você não mora por aqui também deve ter se identificado com algumas coisas que eu escrevi, o que mostra realmente que o Brasil tem se transformado em um país violento.
Acho que a solução pode ser tentar de alguma forma romper esse abismo, aproximar as pessoas, lutar pela paz - pela paz social, uma atitude simples mas difícil referente aos paradigmas já impregnados.
Não quis aqui falar de violência de forma raza e superficial, meu objetivo foi dissertar de modo profundo, referindo-me a um dos alicerces que sustentam a violência contemporânea, ou seja; basicamente a forma como as pessoas se tratam e convivem entre si.
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3 comentários:
falou tudo Carlos. O problema da violência não vai se resolver somente com UPP e sim com a atitude das pessoas...abraço.
Vlw Renan! Conseguiu captar a mensagem!!!
Abração!!!
Olá Carlos! Valeu por visitar o Elusivo. Estou seguindo vc agora!
abraços =)
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